quinta-feira, 14 de março de 2013

Só nós sabemos...

Na semana passada, a prefeitura de Porto Alegre lançou uma campanha para o dia das mulheres, contudo o que era para ser uma comemoração transformou-se num protesto nas redes sociais. Nessa intenção de parabenizar nós, mulheres, a prefeitura escreveu frases como "Só uma mulher sabe o drama que é estragar a unha logo após sair da manicure", além de "Só uma mulher sabe o prazer que é tirar o salto alto no final do dia!", entre outras. Muitas mulheres julgaram essa atitude machista. Eu admito que estou até agora ver o lado machista. Sim, todas nós conquistamosgrandes vitórias comparando com 50, 40 ou 30 anos atrás. 
Mas não podemos negar que sim só nós sabemos o que é sentir cólica, mirar-se no espelho ver o cabelo volumoso e não saber controlá-lo. Só nós sabemos o que é juntar um monte de mulher, todas falando ao memso tempo e por incrívelq ue pareça nos entendermos. Sabemos que quando começarmos a chorar e se estamos de maquiagem borramos... Entre outros "nós sabemos". E sei que muitas que tiverem a oportunidade de ler isso, estaram pirando. Porém, será tão difícil admitir que sim somos mulheres e passamos por probleminhas banais típicos nossos? Podemos sim sermos motoristas de caminhão, jogadoras de futebol, juízas de futebol, trabalhar na construção civil, delegadas, cobradoras de ônibus, mecânicas, garis, químicas industriais, generais do exécito, presidentes da República e tantas outras profissões as quais antigamente eram rotuladas masculinas, porém continuarmos femininas.
Podemos ser tudo o que quisermos, embora não necessitamos deixar a sensibilidade, o senso prático, o estilo mãezona para exercê-los. Não precisamos citar aqui nossa capacidade de ser mãe, esposa, trabalhadora (ops lembrei), contudo será que não estamos deixando de lado o "ser mulher"? Já mostramos ao mundo o que somos capazes. Todos sabem nossa facilidade de sermos muitos papéis, logo ninguém nos pediu que para fazê-los necessitavámos deixar o nosso lado mulherzinha.
Eu posso fazer tudo que desejo, além disso posso continuar fazendo drama, chorando com final de novela/filme, enlouquecer na TPM, quebrar uma unha e me zangar, brigar com meu cabelo, fazer noite das meninas, andar de salto e me sentir poderosa, balançar com um olhar masculino e meu ego subir, sonahr com casamento, perguntar se estou gorda, não saber o que vestir, passar uma noite em claro preocupada, amar comprar uma bolsa ou um sapato, querer que ele me proteja. Nada disso vai desmerecer nossos esforços! Posso ser tudo, mas acima de tudo SER MULHER.

terça-feira, 12 de março de 2013

Tudo estava de baixo do nariz

As pessoas passam a vida inteira procurando um real motivo para seguir em frente, um rumo para dar a suas vidas. Ultimamente nada as satisfazem, parecem estar com um “bicho carpinteiro” pelo corpo, há inquietudes por não acharem uma meta a perseguir, pois não percebem que o sentido da vida é ser feliz. Os valores pregados hoje provocam o estado de espírito do vazio, por isso nada preenche. As pessoas buscam a beleza e a juventude e acabam não vivendo nenhuma fase da vida, como também se enganam e não observam que só encontraram o que procuram sendo felizes e esse é o primeiro passo para a aceitação e uma maior expectativa de vida, não há necessidade de transforma-se num desconhecido perante o espelho, felicidade rejuvenesce. Ser feliz é ter saúde, visto que foram feitas pesquisas que comprovaram que bom-humor reduz, por exemplo, problemas cardiovasculares e fortalece o sistema imunológico. Ser feliz não sai de moda é uma constante na nossa vida. Ser feliz é como uma receita de bolo, bem como é o ingrediente final para ela dar certo e não desandar. O ideal de felicidade é encontrar na infelicidade pensamento positivo para enfrentar os problemas. Ser feliz é ter maturidade para saber a hora de tomar um novo rumo sem crises existenciais. As pessoas estão acostumadas a ostentar, logo se tornam marionetes do dinheiro e ficam cegas diante do que realmente importa: uma vida ao lado de quem se gosta, fazendo o que se gosta. Certa vez Mário Quintana escreveu “a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade”, esse é o segredo e muitos o esquecem, passam a vida inteira construindo um patrimônio e não desfrutam o dom que receberam: viver. Ser feliz é chave para o sucesso, de tal forma abre as portas para os negócios e a ascensão, devido à paciência de esperar a hora certa de agir, além disso, aprendem novas alternativas para superar os problemas sem se abater. Ser feliz requer coragem para encarar o mundo com um novo olhar, perceber que a peça a qual faltava para completar o quebra-cabeça é viver para si e não para os outros. Quando as pessoas pararem de procurar pela rua, nas lojas ou nas clínicas o que realmente desejam e olharem para dentro, perceberam que estavam andando em círculos, pois tudo que buscava estava na simplicidade de um sorriso. O momento é vivermos literalmente o ideal arcadista de carpem die. ~Lysiane H. Munhoz

Nova música do NX Zero do álbum "Em Comum" espero que gostem. Essa música tem cara que vai colar na mente.


Divã foi lançado em 2005, mas só agora o li. Ele é o típico livro que os amantes da leitura leem e não param, é de fácil entendimento e ele flui naturalmente.  Rapidamente nos tornamos íntimos da Mercedes a qual é uma mulher adulta, contudo tem dúvidas como se fosse uma adolescente que recém está começando a sua vida. Ela está ali de corpo e alma questionando a vida que leva e ela mesma. Percebemos pelo reflexo dela o quanto somos inconstante e quantas dúvidas podem nos atormentar. Será que estamos agindo de forma certa? Será que nossas escolhas são as certas? Será que quando tivermos 30, 40 ou 50 anos estaremos satisfeitos? Divã nos provoca, nos faz pensar na gente e nas nossas decisões. Podemos ler a vida da Mercedes, porém observamos a nossa própria vida a qual estará sendo revisada e julgada por nós e não pelo analista.
No livro é nos apresentado um diálogo entre Mercedes e o Lopes, mas aparece apenas as reflexões dela. Contudo o interessante é que nos familiarizamos com o Lopes apesar de não o ouvirmos, criamos laços com ele, sentimos como se estivéssemos o vendo ou o ouvindo.  Abaixo uma prévia do livro:

“(...) Sabe campo minado? É como se eu não soubesse mais para que lado ir , qualquer mau passo pode me aleijar. Desculpe. Odeio dar chilique. Ando estressada, farta das minhas certezas falsificadas, eu sou tão cerebral que não consigo lidar com esta avalanche de sensações inesperadas. Parece que eu corri uma maratona a vida inteira. É muito desgastante manter o pique e o bom senso. Tenho sido uma carrasca comigo mesma.Não, não quero água. Estou mais calma. Ainda bem que trouxe meus óculos escuros, assim o porteiro do seu prédio não vai precisar chamar os caça-fantasmas quando me vir atravessar o saguão.
Não é pra menos que todos os bebês choram quando nascem. É tudo tão estranho e violento. A gente está protegido dentro da barriga da mãe, e de um minuto para o outro vai parar numa sala de cirurgia que mais parece o palco de um show de rock, com refletores pra tudo que é lado e nos braços de pessoas que nunca vimos antes. Nascer é uma novidade e é um choque. Lopes, que parto."

segunda-feira, 11 de março de 2013

"A luta é com você mesmo: se quer ficar e arriscar ou sair sem pestanejar." ~Lysiane H. Munhoz

onze:20


Banda nova na área, o estilo deles é um mix entre o rock e o reggae. Espero que gostem!

Hoje faço 18 anos. Esses últimos dias tenho lembrado muitos momentos, ando nostálgica, as ideias correm com uma velocidade sem limites, as dúvidas brotam na mente. Fazer 18 anos é como fazer uma viagem. É como se eu estivesse até ontem num trem e de repente aquela viagem chegasse ao fim e quando desembarcasse eu receberia um novo bilhete, contudo dessa vez esse trajeto preciso percorrer sozinha. Como se o requisito  dessa vez fosse: largar a saia da mamãe, doar os brinquedos, deixar algumas bobagens de adolescente para trás e colocar as lembranças e os sonhos na mala seguindo em frente sempre.
Essa viagem recém começou não ganhei nenhum mapa, nenhum guia de instruções, apenas um bilhete dizendo: “Aprenda com seus passos”, como se isso fosse fácil… Caminhar com suas próprias pernas, a gente passa a maior parte do tem pensando nisso e quando entramos no trem dos adultos lá no fundo dá uma vontadezinha de voltar para trás, um receio de crescer. As ideias pipocam na cabeça: faculdade, contas, responsabilidades, emprego, mais paciência. Como se tudo que os professores dissessem: “Vocês têm que fazer o que o chefe de vocês mandar”, ou se os pais murmurassem para si “Contas, contas, contas…”, viessem na mente. É Lysiane Hargreaves Munhoz bem-vinda ao mundo dos adultos e olha que isso nem começou e tu já estás pensando além…