Hoje faço 18 anos. Esses últimos dias tenho
lembrado muitos momentos, ando nostálgica, as ideias correm com uma
velocidade sem limites, as dúvidas brotam na mente. Fazer 18 anos é como
fazer uma viagem. É como se eu estivesse até ontem num trem e de
repente aquela viagem chegasse ao fim e quando desembarcasse eu
receberia um novo bilhete, contudo dessa vez esse trajeto preciso
percorrer sozinha. Como se o requisito dessa vez fosse:
largar a saia da mamãe, doar os brinquedos, deixar algumas bobagens de
adolescente para trás e colocar as lembranças e os sonhos na mala
seguindo em frente sempre.
Essa viagem recém começou não ganhei nenhum
mapa, nenhum guia de instruções, apenas um bilhete dizendo: “Aprenda com
seus passos”, como se isso fosse fácil… Caminhar com suas próprias
pernas, a gente passa a maior parte do tem pensando nisso e quando
entramos no trem dos adultos lá no fundo dá uma vontadezinha de voltar
para trás, um receio de crescer. As ideias pipocam na cabeça: faculdade,
contas, responsabilidades, emprego, mais paciência. Como se tudo que os
professores dissessem: “Vocês têm que fazer o que o chefe de vocês
mandar”, ou se os pais murmurassem para si “Contas, contas, contas…”,
viessem na mente. É Lysiane Hargreaves Munhoz bem-vinda ao mundo dos
adultos e olha que isso nem começou e tu já estás pensando além…

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